“Quando o homem bom se cala, os maus prevalecem”
Meu bom amigo Zé Roberto! Fico feliz quando recebo notícias sua, da Celina e das crianças. Faz tanto tempo que vocês estão aí na Europa que nem damos conta de como o tempo é efêmero. Amigo é duro saber o quanto o país perde com a ausência de um profissional do seu nível. E o pior, é que muitos outros mestres e doutores vão embora seguindo seus passos. Você me lembra Paulo Freire, nosso maior educador, quando foi para o Chile, perseguido pela então ditadura militar, nos anos obscuros de nossa história. Lá, no estrangeiro, ele dinamizou a educação, enquanto aqui nós ficamos até hoje assim como estamos. A “ditadura da falta de oportunidade” que existe aqui fez você ir embora.
Meu bom amigo Zé Roberto! Fico feliz quando recebo notícias sua, da Celina e das crianças. Faz tanto tempo que vocês estão aí na Europa que nem damos conta de como o tempo é efêmero. Amigo é duro saber o quanto o país perde com a ausência de um profissional do seu nível. E o pior, é que muitos outros mestres e doutores vão embora seguindo seus passos. Você me lembra Paulo Freire, nosso maior educador, quando foi para o Chile, perseguido pela então ditadura militar, nos anos obscuros de nossa história. Lá, no estrangeiro, ele dinamizou a educação, enquanto aqui nós ficamos até hoje assim como estamos. A “ditadura da falta de oportunidade” que existe aqui fez você ir embora.
Segundo o índice do desenvolvimento da educação (IDE), ao chegar ao 5º ano do ensino fundamental, só 34% dos alunos sabem interpretar o que lêem. Já no 9º ano este percentual cai para 29%. É meu amigo, isso tudo acontecendo e pessoas iguais a você tendo que ir embora à procura de oportunidades em lugares longínquos, enquanto aqui fica essa turma de homens maus, que todos os dias dizimam dezenas de pessoas através de seus atos corruptíveis. Homens venais que pelas suas ganâncias, tiram as merendas das escolas, os remédios dos hospitais, e todos os dias tiram a esperança de milhares de brasileiros que sofrem com o desemprego.
Zé, a política aqui continua do mesmo jeito, há pouco tempo os deputados federais aumentaram de maneira exorbitante seus próprios salários, e agora foram seguidos pelos vereadores do Rio de janeiro que na calada da noite aprovaram à compra de veículos de luxo no valor de quase 70 mil reais. Só que o lobo deixou a ponta do rabo do lado de fora e mídia caiu de pau denunciando o esquema. Aqui, a política, é literalmente um negócio..., Imagina que o Conselho de Ética do Congresso está composto por um grupo de deputados que respondem a acusações de quebra do decoro parlamentar. Logo o Conselho de Ética. É como colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.
Aqui ainda vivemos a cultura da corrupção. Não há uma valorização da educação, da saúde, e muito menos da segurança pública. Nas eleições passadas havia a promessa da tal bolsa olímpica para os agentes da área de segurança pública do Rio de Janeiro. Depois das “ditas cujas”, todos tiveram a ingrata surpresa de verem que tudo era só promessa. Mais um engodo eleitoral. Existe a (Pec-300), que é o projeto de emenda constitucional, de equiparação, a nível nacional, do salários dos policias militares, mas até agora nada.
Zé, é difícil viver num país cujos valores foram invertidos de tal maneira, que as famílias todos os dias são desrespeitadas por uma gama que coisas absurdas de serem aceitas. O próprio governo é conivente com o cipoal de lixo que invade as nossas casas pela televisão, que tem sido usada como um instrumento poderoso da proliferação da sensualidade e da libertinagem no seio da família.
Amigo, espero que no próximo e-mail eu possa realmente lhe dar notícias alvissareiras, porém, por enquanto, é tudo que tenho para lhe falar deste “Brasil que parece ainda dormir em berço esplêndido”. Abraços e beijos na Celina e nas crianças.
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