
► No final da Segunda Guerra Mundial, a Real Força Aérea Inglesa estabeleceu sistemático bombardeio sobre o Japão. A resistência japonesa entretanto era profunda. Os Estados Unidos resolveram então lançar um ultimato aquele país. Este não respondeu. O resultado foi o uso da bomba atômica pela primeira vez.
Em 6 de agosto lançou-se uma única bomba sobre Hiroshima que destruiu a cidade. Em 9 de agosto de 1945 foi lançada uma segunda bomba sobre Nagasáqui. Então veio o pedido de armistício. Após conhecer o caos e contabilizar milhares de mortos, o Japão decidiu por um novo paradigma de desenvolvimento. Aquele país vislumbrava que o poder não estaria mais nas armas e na força, mas, sim, no conhecimento e na valorização do ser humano. Investindo em educação e no bem-estar da sociedade, em poucas décadas o Japão alcançava patamares de prosperidade inigualáveis em sua história. Quando tudo parecia o fim, estava só começando.
O Japão até hoje é exemplo para o resto do mundo de que qualquer mudança em uma nação é alcançada, principalmente, através de uma transformação do próprio indivíduo. As atitudes que tomamos no presente pode mudar para sempre o curso de nossas vidas. Se cada um não mudar o seu modo individualista de pensar, tendo uma visão mais coletiva, tudo fica mais difícil.
Neste contexto é que a educação é inserida como a mola-mestra de todas as outras instituições. É a base de tudo, principalmente das mudanças a serem feitas. Em nosso país isto só vai acontecer quando a sociedade entender a educação como uma variável estratégica para o desenvolvimento e exigir do poder público uma política educacional de resultado.
Temos que ter consciência de que só através de uma sociedade organizada, teremos condições de lutar para que seja modificado o modo de pensar desta elite paternalista e clientelista que impera no Brasil. Sem dúvida que a educação faz o diferencial. O problema é que temos uma minoria privilegiada e satisfeita em gerar lucros, colocar seus filhos nas melhores escolas e universidades, todavia não vê que o mundo está evoluindo. Este é o espinho a ser extirpado.
Precisamos combater urgentemente a desigualdade que assola o país, a questão é que no Brasil a educação é justamente o fator usado para dinamizar este fosso de disparidade. A educação responde sozinha por 50% da diferença de renda. É chocante. Nos outros países, à medida que o sistema educacional é ampliado, como na Coréia do Sul, a desigualdade diminuiu.
O modelo de prosperidade já foi dado. Os ventos que sopram desde o final da segunda grande guerra devem ser seguidos, porque os sábios aprendem com os erros dos outros, mas os tolos assim não procedem. E já dizia o escritor Pedro Nava, "a experiência é um carro ligado com os faróis pra trás".
2 comentários:
\\\Muito bom Agnaldo Barros, você como sempre com sua opinião abalizada e coerente.Sucesso, você é um jornalista de primeira. Fico feliz em saber que vc está lutando em prol da educação e da ecologia.
Tânia Farias - São João de Meriti-RJ
Muito bom. Obrigada por você estar conosco neste luta em prol da educação.
Sempre leio suas matérias no jornal O Patrono Agnaldo. Acho vc uma pessoa muito coerente e sensata.
Carla Regina - Professora - Duque de Caxias - RJ
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