QUEM É O DONO DA VERDADE

“certifica-te de todas as coisas e apega-te ao que é bom” (1Ts 5 Se os candidatos tivessem a hombridade de discutir a qualidade da educação, a atualização, a valorização e a segurança dos professores em sala de aula  não chegaríamos  ao lamentável  ponto que o segundo turno das eleições chegou. Muitos outros problemas deixam de existir quando a educação é tratada com seriedade e não como método paliativo. Os temas abordados são pequenos diante do nosso maior desafio que não estamos enfrentando de forma adequada de desenvolver o país com maior igualdade, qualidade e bem-estar. A polarização  eleitoral trouxe à tona temas que não deveriam ser discutidos apenas por dois candidatos em momentos eleitorais, pois tudo demonstra um ato de oportunismo descomunal. Aborto, religião e drogas deveriam ser temas tratados com mais respeito. Deveriam ser discutidos por especialistas juntamente com a sociedade organizada em ocasiões diversas. Discussões sobre qualquer questão, principalmente religiosa, representam uma característica das democracias modernas e não são uma exclusividade do nosso processo eleitoral. Segundo Clara Mafra, especialista em antropologia da religião e professora da Pós-Graduação em Ciências Sociais da Uerj, o erro não é falar de  religião, mas a falta de familiaridade dos candidatos com o tema. Eles acabam usando estereótipos e se aliando a grupos conservadores dessas religiões. O Brasil é grande demais para ser restringido somente a um estado como quer um dos candidatos. E a população brasileira é muito diversificada, para que “líderes religiosos” venham à televisão, usem a internet ou mande imprimir panfletos apócrifos contra quem quer que seja como no caso dos que foram apreendidos na capital paulista, que segundo o dono da gráfica  teriam sidos encomendados por um representante do Bispo de Guarulhos-SP, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, no valor de R$ 30 mil, e continham texto que recomendava o voto em candidatos contrário à descriminação do aborto e com críticas ao PT.  Nenhum ser humano é dono da verdade, a única verdade vem de DEUS, e para os que crêem, nisso sou incluso. No mundo de hoje não há lugar mais para sectarismo ou fanatismo. Todas as coisas devem ser dialogadas, discutidas e analisadas por todos de maneira prudente e moderada. “Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas”(Rm 2:1).