É nos morros do Rio de Janeiro, é em Niterói, São Gonçalo, na Baixada Fluminense ou em outro lugar qualquer, como em Friburgo e Teresópolis. As tragédias são anunciadas, mas como previní-las. O ser humano só pode se defender daquilo que conhece, jamais vai se defender de uma arma desconhecida ou algo que nunca viu. Aqui eu me refiro ao tipo de avalanche que atingiu a cidade serrana de Teresópolis. Lembro das palavras do desinger gráfico Júlio Moutinho que, dias após o acontecimento, reuniu um grupo de amigos e subiu a serra levando um pouco de ajuda e solidariedade àquela população, já que possui conhecimento de rapel e outras habilidades que adquiriu na época que era militar. O meu amigo ficou impressionado com o viu e ouviu das comunidades em que passou. Ele afirmou que nunca tinha visto coisa igual.
Às vezes nos “gabamos” de vivermos num país sem terremotos, furacões, tsunamis entre outras revoltas da natureza que dizimam muitas vidas por várias partes do mundo. No entanto, não percebemos ou fingimos não ver que as chuvas de verão às vezes são piores que alguns abalos sísmicos mundo afora. Essas chuvas causam tantas perdas de vidas, e até mais do que um tornado nos Estados Unidos ou mesmo um terremoto na Ásia.
Por que tudo isso acontece? Isso acontece porque por muito anos governos fecharam os olhos para muitas comunidades carentes, que sem ter onde morar foram fazer suas residências na s encostas dos morros. Sem nenhuma fiscalização e até com apoios de políticos inescrupulosos que fomentaram esses tipos de loteamentos em troca de votos. É claro que a natureza não faz acepção de pessoas quando desencadeia sua fúria, mas na maioria dos casos quem mais sofre é a classe pobre que perde tudo com as enchentes e desmoronamentos que acabam com tudo, nos piores dos casos até a vida é tirada.
Ainda estamos no verão, será que teremos mais do mesmo, será que nossas autoridades estão fazendo o dever de casa direitinho para que não choremos mais em frente à TV ou mesmo em lócus como no disigner gráfico que foi ver tudo ao vivo. São as “águas de março fechando o verão”. A própria letra da música ratifica que as tragédias são anunciadas.
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