“O que não me mata me ensina”
Após o massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, muitos temas vieram à discussão. Todavia o que mais precisa ser enfatizado e debatido, neste momento, é a violência na escola, fora da escola e contra a escola. Discutir sobre o desarmamento é muito interessante, mas isso pode ser feito com mais calma, apesar de o Brasil já ter discutido sobre isso não faz muito tempo.
Países em que armas de fogo são proibidas também foram palco de ataques em escolas. No Japão no dia oito de junho de 2001, na cidade de Osaka, Mamoru Takuma, então com 37 anos, invadiu um colégio e matou oito crianças usando uma faca de cozinha. Nenhuma autoridade japonesa pensou em proibir as facas de cozinha. Além do mais as “autoridades competentes” devem procurar saber como entra tantas armas no país, como aquela que derrubou um helicóptero da PM no morro dos Macacos, depois, passa-se para o enredo seguinte.
O interessante agora e trazer à tona temas que possam ser discutidos e analisados por toda a sociedade e profissionais da área. Temas esses, que possam delinear como surgem pessoas como o assassino Wellington Menezes de Oliveira, investigando minuciosamente, o porquê de ele ter escolhido a escola onde estudou. O porquê de ele ter preferido atirar principalmente em meninas. Quais os traumas que ele trazia na alma para desencadear tanta brutalidade. Que história traumática ele tinha com o colégio Tasso da Silveira.
O momento, apesar da dor, é de coerência e de oportunidades que estão abrindo um leque de assuntos a serem debatidos. A escola sempre foi e será um lugar de conhecimento e de formação do cidadão. Um país só é forte quando sua sociedade é forte e educada.
Não pode haver violência dentro do espaço escolar. O bullying e os trotes violentos têm que ser banidos do mundo escolar cujo espaço é de cooperação, e não de competição. Se isso não for feito, estaremos fadados a transformarmos a escola, que é um lugar do “saber” em um lugar da “selvageria”, tal qual o sistema em que vivemos.
A família tem um papel importantíssimo neste contexto. A educação é responsabilidade tanto da escola quanto dos familiares. O acompanhamento da vida escolar dos filhos, pelos pais, é fundamental para um bom desenvolvimento do aluno. Isso é o que pensamos e queremos.
Ninguém pode voltar ao passado para um novo começo, mas qualquer um pode começar de novo para um novo fim.
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