► Em plena Guerra do Vietnã nas décadas de 60 e 70, o saudoso cantor Louis Armstrong, foi “convocado” para fazer uma apresentação em uma base americana no Pacifico, para soldados norte-americanos que estavam envolvidos na luta contra aquele país asiático. Na belíssima canção "What Wonderful World" (Que Maravilhoso Mundo), ele retratou todo aquele momento em que vidas jovens eram perdidas sem uma causa justa. Décadas se passaram e até hoje muitas coisas não mudaram. O mundo continua beligerante, milhares de jovens morrem todos os dias em vários cantos do planeta, principalmente nas guerras urbanas não declaradas. É triste ver a cada dia crianças pelas ruas sem nenhuma esperança de um futuro melhor.Por aqui, é difícil assistir debate na televisão, onde os políticos só pensam em se acusar reciprocamente, sem apresentarem programas palpáveis para os imensos problemas que afetam o país, principalmente, para esta juventude que está aí sem perspectiva. Tudo isto me traz a mente um texto que li há alguns anos, quando era estudante de comunicação, e tinha boas perspectivas de um mundo melhor. Confesso que ainda creio que podemos cada um de nós, fazer algo para que a cada amanhecer tenhamos uma humanidade mais solidária. Lamento não lembrar quem é o autor desta belíssima obra, mas estou convencido que é de grande ensinamento para todos.
Um pai estava terminando seu trabalho no computador, mas seu filho pedia por sua atenção. A criança queria por que queria que ele lhe desse alguns minutos. O pai, atarefado, em certo momento lembrou-se de que possuía um quebra-cabeça dificílimo de ser montado. O brinquedo que tinha o desenho do mundo estampado, seria a sua salvação por pelo menos meia hora. Seria o bastante para o término de sua tarefa, então, voltaria a brincar com o menino.
Chamando o garoto ele falou: “Filho, tome este quebra-cabeça e, após montá-lo, você volte e me mostre, certo?”. “Pronto estava resolvido o caso” - pensava aquele pai. Mas não demorou dez minutos e o garoto estava de volta com a peça toda montada. “Meu filho, eu não acredito, eu levei mais de vinte minutos para montar este quebra-cabeça. Como você conseguiu em menos de dez minutos?”, quis saber. Em sua candura, o pequeno disse: “Simples pai, o senhor não notou que atrás do mundo tinha a figura de um homem? Pois é, eu arrumei o homem e conseqüentemente consertei o mundo”, disse.
E, independente de quem venha a comandar o nosso país nos próximos quatro anos, quem tem que mudar somos nós. Nossa maneira de pensar, de agir e de ver a vida. Segundo Rudolf Steiner, fundador do movimento universal das escolas Waldorf: "Uma sociedade só pode configurar-se e desenvolver-se de forma sadia e adequada às solicitações da época se levar em conta as dimensões essenciais do ser humano”. Acredito, inexoravelmente, que a educação seja a mola-mestra das mais significantes mudanças que podem ocorrer dentro de uma sociedade.


Um comentário:
Muito bom blog. Também acredito que a educação é o único caminho para salvarmos este país.
Sônia Maria - Campo do Jordão -SP
Postar um comentário